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CIM-TTM Contra reativação das Minas de Calabor
O Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes na sua útima reunião ordinária deliberou, por unanimidade manifestar a sua total oposição ao projeto das minas de Calabor Espanha reivindicando junto do Ministério do Ambiente pronúncia desfavorável relativamente à instalação desta mina a céu aberto que, pelos impactes ambientais que acarreta, se revela lesivo dos interesses deste território e das suas populações.
O Conselho Intermunicipal sustenta a sua posição no facto da localização do projeto mineiro em Calabor, Espanha, está inserida numa área classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera e dista apenas 5km de outra área classificada (Parque Natural de Montesinho-PNM-). Tal implicará consequêncoiias nefastas para a fauna e flora destes áreas ,quer pelo facto das explosões serem audíveis a distâncias superiores a estes 5 Km quer pela contaminação das águas subterrâneas e superficiais que serão, inevitavelmente afetadas, com destaque para as que drenam para o lado português, como é o caso do rio Calabor/ribeira da Aveleda que desagua no rio Sabor (bacia hidrográfica do Douro). Por outro lado o Conselho Intermunicipal afirma que a qualidade do ar sofrerá uma queda acentuada devido à dispersão de grandes quantidades de poeiras provocadas pelo tipo de exploração (a céu aberto) e à emissão de gases poluentes motivada pela constante circulação de maquinaria pesada. Associada a estas problemáticas surge também o facto da escombreira da mina será visível de vários pontos da cidade de Bragança, conforme atesta o próprio Estudo de Impacte Ambiental e da a mina ter alocada uma área de 250 hectares de exploração direta/cratera (mas a área de concessão mineira é muito superior, supondo possíveis ampliações), sendo o período mínimo de laboração de 19 anos.
O Conselho Intermunicipal teme também os reflexos negativos que tal exploração terá num setor em franco crescimento no território como é o do turismo associado à natureza.
Recorde-se qure a reativação deste projeto mineiro, desativado desde 1970, já mereceu contestações de autarquias e associações, apresentadas no âmbito da Consulta Pública do Estudo de Impacto Ambiental, em agosto de 2020.