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Plano Estratégico de Gestão Integrada da Vespa velutina para o Território das Terras de Trás-os-Montes
Com o objetivo de implementar uma estratégia integrada e coordenada para a o território da CIM-TTM, que seja comum aos nove municípios que a constituem e que venha reforçar a sua capacidade de intervenção nas ações de prevenção, controlo e erradicação da Vespa velutina, a CIM-TTM em pareceria com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) pretende implementar um plano de ação de deteção e combate à Vespa Velutina designado de “Plano Estratégico de Gestão Integrada da Vespa velutina para o Território das Terras de Trás-os-Montes”.
No âmbito da implementação desta operação prevê-se a concretização das ações das seguintes tipologias de medidas:
- Ação 1 – Implementação de uma estratégia coordenada de combate à Vespa velutina nos nove municípios das Terras de Trás-os-Montes, com o desenvolvimento e aplicação de um “Plano Estratégico de Gestão Integrado da Vespa velutina para o território da CIM-TTM”
- Ação 2 – Aquisição de equipamentos para o controlo da Vespa velutina, nomeadamente para a destruição dos respetivos ninhos, incluindo os necessários equipamentos de proteção individual;
- Ação 3 – Divulgação da problemática associada à introdução desta espécie exótica invasora em Portugal Continental e promoção da sensibilização pública para os riscos associados e para adoção de boas práticas.
- Ação 4 – Inovação em desenvolvimento e teste de novas técnicas e equipamentos para a deteção, monitorização, prevenção e controlo desta espécie exótica invasora, no respeito pelos princípios constantes dos Manuais de Boas Práticas.
A concretização e operacionalização das ações propostas no “Plano Estratégico de Gestão Integrada da Vespa velutina para o Território das Terras de Trás-os-Montes” permitirão controlar e monitorizar a evolução da Vespa velutina no território de uma forma coordenada e dotar as entidades envolvidas de uma maior capacidade de intervenção e melhor conhecimento, assim como sensibilizar e capacitar a população para os riscos desta espécie promovendo uma melhor prevenção e controlo na evolução na sua propagação, para que possam contribuir com dados para o desenvolvimento do conhecimento e investigação sobre a evolução desta espécie no território e da sua adaptação no âmbito do “Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal”.
- Características da Vespa velutina
Vespa velutina ou asiática tem uma dimensão que varia entre os 2,5 e os 3cm de comprimento, apresenta uma cabeça preta, com face laranja/amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e com um único segmento abdominal amarelado-alaranjado na face dorsal, o que torna difícil de a confundir com qualquer outra espécie. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas. As vespas fundadoras, de maior dimensão, podem atingir entre os 3 e os 3,5cm de comprimento.
- Quando chegou a Portugal?
Desde 2011 está confirmada a presença da vespa velutina em Portugal, espécie não-indígena, predadora da abelha europeia. Os primeiros ninhos e avistamentos do inseto foram confirmados nos distritos de Braga e Viana do Castelo e, desde então, tem-se assistido a uma progressão gradual da área afetada no território nacional.
- Os Ninhos
A Vespa asiática (Vespa velutina) constrói ninhos com cerca de 1 metro de altura e 80 cm de diâmetro. Podem ser encontrados, normalmente, em árvores com mais de 5 m de altura e entre a folhagem. A entrada e saída dos ninhos é feita por um orifício lateral.
- Períodos de atividade:
- Fevereiro – março – aparecem os primeiros ninhos fundados pelas rainhas – ninhos primários (5–10cm);
- Abril – maio – nascimento das obreiras e construção dos ninhos secundários (50–80 cm);
- Setembro – outubro período de maior atividade e número máximo de indivíduos;
- Novembro- janeiro – abandono dos ninhos e hibernação das novas rainhas, morte dos restantes indivíduos (período de inatividade)
- Predadora de insetos polinizadores
A Vespa velutina é essencialmente um predador de outras vespas e de abelhas, mas, tal como a vespa europeia, também se alimenta de uma grande variedade de outros insetos.
A Vespa velutina não é fonte de transmissão de nenhuma doença das abelhas.
A Vespa velutina não é considerada mais perigosa para seres humanos do que a vespa europeia.
- Métodos de controlo
• A captura de rainhas fundadoras, ninhos da Vespa velutina e o controlo da sua atividade nos apiários, constituem os melhores métodos para limitar o impacto desta espécie predadora sobre as abelhas e outros insetos, bem como para evitar riscos para a segurança pública.
• A destruição dos ninhos é da responsabilidade da câmara municipal da área onde se registe a sua ocorrência ou de outra entidade que seja por si autorizada;
• A colocação de armadilhas a título preventivo ou de controlo, deve ser executada com utilização de iscos alimentares específicos ou feromonas, quando disponíveis.
Para mais informações deverá consultar o “Plano de Ação para a vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal” em https://stopvespa.icnf.pt
- Como agir na presença de vespa velutina ou ninhos?
Reportar através dos seguintes meios:
• Serviços Municipais de Proteção Civil;
• Juntas de Freguesia;
• STOPVESPA https://stopvespa.icnf.pt
• Linha SOS Ambiente: 808 200 520
- O que Não fazer!
• A destruição de ninhos com armas de fogo (por ex. armas de caça);
• A destruição parcial dos ninhos (independentemente do método)
Estas ações disseminam as vespas que podem vir assim a constituir novos ninhos.