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CIM integra projeto Transfronteiriço OET DURIUS
Oito entidades de Espanha e Portugal vão trabalhar, de forma coordenada até 2026, na criação de umObservatório Ecológico Transfronteiriço em torno do rio Douro. O anúncio foi feito hoje em Zamora, durante a apresentação do projeto conhecido como OET Durius e que será desenvolvido no âmbito do programa europeu Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027.
É inegável a riqueza ecológica e paisagística do rio Douro, canal de união e ligação entre Espanha e Portugal. A manutenção desta diversidade de ecossistemas é essencial para garantir a sustentabilidade do território e para o conseguir é necessário primeiro conhecê-lo, estudá-lo e analisá-lo. Este será um dos principais desafios do projeto europeu OET Durius. Para a execução do projeto foi formado um consórcio composto por oito entidades de Espanha e Portugal.
A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) é uma das parceiras do projeto . A esta instituição junta-se a Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural e a Comunidade intermunicipal Do Douro (CIM Douro) e Comunidade intermunicipal Trás Os Montes (CIM-TTM). Da Espanha participam Fundação Santa María la Real, a Associação Ibérica de Municípios de Ribereños del Duero (AIMRD), o cluster Habitat Eficiente AEICE, o vice-reitor de investigação e transferência da Universidade de Salamanca e a Câmara Municipal de Zamora.
Observatório Ecológico Transfronteiriço
O primeiro passo para o lançamento do Observatório Ecológico Transfronteiriço será a análise dos ecossistemas do Douro.
Com base nestas análises iniciais, será realizada uma seleção de espécies representativas, identificando as suas zonas ou áreas núcleo mais importantes, possíveis corredores de ligação e os pontos que constituem um obstáculo a esses movimentos. É impossível atuar sobre todas as espécies ou ecossistemas do Douro, portanto, será necessário delimitar e priorizar as áreas de atuação, através de análise e conversa com os agentes envolvidos.
“Queremos saber se a conectividade ecológica dos territórios ligados ao Douro é ideal, ou seja, saber se as diferentes espécies que o habitam podem comunicar, relacionar-se e viver ou se as suas etapas naturais de ligação foram interrompidas por estradas, cidades ou outro tipo de estruturas”, apontam os responsáveis pelo projeto.
Toda a informação recolhida, será disponibilizada uma plataforma digital de fácil acesso, que permitirá a consulta, interação e atualização de dados, ou seja, será criado um observatório ecológico transfronteiriço, que será gradualmente ampliado.
Ações de renaturalização
A par da investigação, da recolha de informação e da criação do observatório digital, a OET DURIUS contempla também a realização de pequenas ações de renaturalização, tanto na área espanhola como portuguesa. Neste ámbito estão previstas pequenas ações que visam a recuperação de elementos importantes, tanto para a conservação das paisagens culturais como da biodiversidade: tradicionais muros de pedra, limites, pequenas zonas húmidas, bebedouros e fontes, florestas , áreas de pastagem ou áreas de interesse para polinizadores... Ações que servem para melhorar a conectividade ecológica dos territórios do Douro.
O projeto europeu OET Durius tem um orçamento de 1.573.013 euros, financiado em 75% pelo programa Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027.